sexta-feira, 1 de maio de 2009

Das palavras prioritárias

Se pararmos por momentos, com o intuito de observar o que em nosso redor se insurge, se atentarmos no que de mais gracioso subsiste, entre a miséria a que o tempo e os humanos dão origem – ao contrário do que dita a evolução, quando tida como processo isento de recuos – podemos assustar-nos com o modo como, por vezes, as pessoas conduzem o seu percurso, assumem um comportamento, muitas vezes de maneira a ser-lhes impossível avaliar correctamente o que é prioritário.
O facto é que o estabelecimento de prioridades ultrapassa o campo do que pode instituir-se, dependendo do que cada um tomar por necessário à permanente construção do seu carácter.
O que distingue um espaço? Um momento? O que os torna memoráveis e os acende naquilo que conserva o nosso íntimo? O que deles é-nos realmente indispensável?
Nas palavras, há-de sempre repousar um bom motivo para a vida, para o que de mais sublime permanece, tantas vezes, aparentemente indecifrável.
Natália Reis

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